sábado, 7 de setembro de 2019

Levando Rolada das Boas

by: Kamilli

Eu me chamo Kamilli, tenho 20 anos. Eu adoro manhãs de domingo, mesmo as mais frias, e aquela manhã era especial, pois veio na sequência de uma noite muito agradável em que passei em ótima companhia… Paulo Henrique — o quarentão da construção civil — sentia meu corpo satisfeito e agradecido com tudo o que ele me proporcionou: momentos de doçura e prazeres… Desci das nuvens quando cheguei defronte ao meu prédio.
Após pagar o taxista, dei uma passadinha na padaria que ficava do outro lado da rua e comprei algumas daquelas delícias: doces e salgados para o café da manhã e uma refeição pronta para o almoço.
Na saída encontrei minha colega que voltava de sua caminhada matinal, Yasmin, a apressadinha, ela estava sempre agitada e com pressa, 17 anos, jeitinho de menina com um bundão de mulher, seios fartos e meio doidinha das ideias.
Morávamos no mesmo andar e era uma das raras pessoas do prédio com quem eu conversava. Além dela tinha também o rapaz da portaria que arrumava as coisas que davam defeito em meu apartamento; era um verdadeiro marido de aluguel. Os demais, inclusive os pais da Yasmin, eu apenas cumprimentava educadamente. 
Convidei-a para o café em minha casa e durante nosso desjejum ela insistiu na conversa que se repetia há alguns dias (ela era apressada também para falar): tentava me convencer a fazer uma matrícula, junto com ela, na academia que ficava algumas quadras do nosso prédio.
— Calma! Toma mais um gole de suco e respira. — Eu zoava com ela.
Eu estava a fim de ir, precisava manter a forma e quem sabe seria uma oportunidade de fazer novos contatos, já que a academia era uma das mais caras da redondeza e com certeza era frequentada por clientes em potencial e do mesmo nível dos que tínhamos na agência.
O problema é que eu estava fazendo contenção de gastos, porém cedi aos pedidos da garota que falava como uma metralhadora. Eu usaria parte da grana que ganhara horas atrás, a situação estaria sob controle por um mês, depois eu decidiria se continuava na malhação.
E lá fomos nós no dia seguinte (segunda-feira) para passearmos pelas instalações e conhecer o lugar — e principalmente os alunos — depois fizemos a inscrição, acertarmos os detalhes e tivemos a primeira aula no dia seguinte (terça-feira) 10 horas da manhã.
Percebi que o horário não era o preferido dos “senhores”, mas era só o primeiro dia e eu continuaria observando. Fizemos um pouco de musculação, sem exageros, pois éramos iniciantes, posteriormente fomos para a parte final da aula que era o alongamento para relaxar.
Esqueci momentaneamente da academia e da busca de clientes para o meu negócio paralelo como “Freelancer”, curtia a música suave e viajei com meus pensamentos revivendo cada momento que passei ao lado do Paulo Henrique, fiquei me questionando:
“Será que foi só mais um programa? Será que ele poderia ser meu cliente fixo e secreto em minha atividade independente? Ou será que este desejo de encontrá-lo novamente é porque ele mexeu comigo?”.
Perguntas como estas borbulhavam em minha cabeça desde o instante que sai de sua casa no domingo.
No final da aula fui para o vestiário da academia e verifiquei que havia duas ligações perdidas na tela do meu celular, como eu não conhecia o número, não liguei de volta e fiquei no aguardo que ligasse novamente.
Fui embora com a Yasmin caminhando aquele quase 1 km.
Mais tarde, sozinha em meu apartamento, toda ensaboada durante uma ducha gostosa e ouvindo a melodia romântica que vinha do rádio, viajei novamente com a lembrança do homem que não saia da minha cabeça, minha mão deslizou em meu sexo e comecei a me tocar relembrando nossa transa na banheira perfumada e misteriosa, perna levantada com o pé apoiado na borda da banheira, ombro apoiado na parede de azulejos, gemia ronronando como uma gatinha pressentindo o momento do clímax…
Voltei ao mundo real ao ouvir o toque do meu celular, minha expressão de raiva por interromperem meu prazer solitário se transformou em um sorrisão ao atender… era ele.
O destino estava conspirando a meu favor. Procurei não demonstrar muita ansiedade.
Depois da introdução ele rasgou elogios referentes ao nosso encontro do último sábado e a seguir convidou-me para almoçar naquela tarde. Puta merda! Eu estava cheia de trabalho até quinta-feira e não poderia cancelar nada.
Passava um pouco do meio dia e infelizmente tive que recusar o convite, expliquei que não gostaria de ter um encontro às pressas com uma pessoa tão especial quanto ele, eu teria que ir para o meu trabalho de promotora e o evento começaria às 14 horas.
Achei melhor adiantar outros esclarecimentos dizendo que tinha trabalho agendado até quinta-feira à noite, evitaria novas recusas e constrangimentos caso ele trocasse o convite de almoço para jantar.
Ele foi muito simpático e cavalheiro, após uma conversa agradável nós concordarmos que nosso reencontro deveria ser sem correria para podermos nos curtir com tempo, combinamos o almoço para sexta-feira e passaríamos a tarde juntos, já que não haveria eventos e eu estaria de folga o dia todo.
Encerrada a ligação, o normal seria que eu pensasse no dinheiro extra que poderia ganhar e no cliente novo que estava conquistando, no entanto, eu só pensei no prazer da sua companhia.
“Caraca! Será que este cara mexeu mesmo comigo?”
Continuei com meus pensamentos e antevendo a diversão que teríamos no próximo encontro. Aguardaria ansiosa a sexta-feira… Jesus!
Só então me lembrei do Matheus, ele vinha quase todas as sextas, contava com a sorte de que ele me procurasse somente no início da noite, assim tinha feito ultimamente.
Eu escolhi o ofício principalmente pelos momentos de prazer, porém têm programas que eu faço profissionalmente e sem a menor diversão, a vontade é a de dar um foda-se, mas acabo fazendo pelo dinheiro.
Isso acontece quando o cara chega bêbado e com atitudes bem desagradáveis, brocham e culpam a gente ou choram, não sei qual é o pior.
O que bloqueia mesmo o tesão são os machões estúpidos que tratam uma mulher como se fosse uma mula.
Ainda tem os casos de deformações físicas — órgão gigante, por exemplo — encararia um assim naquele final de noite.
Sexo é o meu passatempo preferido e adrenalina o meu combustível para acelerar e intensificar o orgasmo, sempre curto os programas e gozo no mínimo 90% das vezes, mas foi impossível gozar com aquele cara, a dor superou qualquer sentimento de tesão. 
Depois do trabalho de promotora em um evento eu ganhei uma carona para casa e iria me arrumar para o encontro, seria a primeira vez com este cara. Fiquei toda delicinha e fui para o motel onde encontraria com o cliente.
Aff! Que cara grande —   um metro e noventa eu supus — até que não era um gigante, mas assim que vi seu pênis monstro, quase desisti do programa, pois duvidei que aquilo coubesse dentro de mim. 
É gente! Engana-se quem pensa que vida de puta é só abrir as pernas e simular um orgasmo com gemidinhos. Tive que ser muito profissional e aguentar o tranco. 
Peguei o maior preservativo que tinha, um extralargo para mais de 20 cm, ainda assim entrou apertado no pau do cara que além de enorme era bem grosso. 
Prolonguei o quanto deu as carícias preliminares tentando fazer que o tempo de penetração fosse o menor possível, e o sofrimento também.
Depois caprichei no gel e quase fiz o Sinal da Cruz quando ele mirou aquele “extintor” em minha boceta… Deeeuus! Gemi e gritei bem puta mesmo. Aquela coisa me penetrava alargando tudo e parecia não ter fim.
Santa dilatação que permitiu que coubesse tudo sem que me rasgasse ao meio, porém o desconforto foi enorme ao sentir que tocou o meu colo do útero. 
O homem começou com as bombadas golpeando meu sexo. Minutos depois eu caprichei na simulação de um orgasmo tentando induzi-lo ao gozo.
Não bastava apenas dar gritinhos e gemer, pois ele me encarava, alojado que estava entre minhas pernas e sentado sobre as suas. Mãos enormes agarraram minha cintura e mantiveram meu corpo no ar na posição horizontal enquanto minhas pernas envolviam sua cintura. Seus movimentos de braços puxava meu corpo de encontro ao dele e o impacto era forte e torturante. Recuava meu corpo e as estocadas brutas se repetiam cada vez mais rápido.
Minha encenação de gozo com os olhinhos revirando e expressão de deleite falhou, nem sempre esta tática funciona. Ele deitou sobre mim e continuou com o castigo. Eu não aguentaria aquele espancamento por muito mais tempo.
Enfim, o grandalhão gozou, eu simulei outro orgasmo para que ele saísse logo de cima de mim, dei meu último gemido (de alívio) após levar “porradas” no sexo por mais de meia hora.
Além de toda dolorida, minha vagina ficou parecendo uma flor que desabrochou e escancarou toda. Estes de tamanho gigante deveriam pagar dobrado.
Felizmente era meu único cliente daquela noite. Achei que precisaria de um banho de imersão e 24 horas de repouso para me recuperar e aguentar um novo dia de trabalho e de bombadas.
  • Enviado ao Te Contos por Kamilli

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