By: @mrwriter9
Você já leu sobre Athena e, pela forma como eu a descrevo e os detalhes sensoriais que me marcaram, já deve ter entendido que ela era diferente de tudo o que eu vivi. Os instantes com ela foram raros, se levar em consideração a linha de tempo em que nos encontramos neste plano. Mas foram tão intensos quanto explosões de supernovas.
Lembro do nosso primeiro encontro, marcado em frente à Livraria - hoje extinta -, na beira do Rio. De subir uma das pontes mais históricas da cidade e seguir mirando a água, até levantar os olhos pra e procurar já no caminho. Suava mais que tampa de chaleira, e não sabia se era mais pela ansiedade ou pelos 35° que castigavam a cidade, cujo dom de transitar entre o paradisíaco e o infernal é único. Foi foda passar anos andando pelo mesmo trajeto, olhar pro mesmo ponto, lembrar daquele dia e dar um pequeno sorriso. Às vezes de lamentação, às vezes de luxúria, às vezes de saudade.
Um certo dia marcamos de ir na minha casa - a segunda de Olinda, e passei a manhã organizando tudo. Deixei o ambiente impecável pra receber Athena. Afinal, não é todo dia que se recebe uma musa grega. Desta vez, nos encontramos no terminal de ônibus mais movimentado do centro da cidade. Ela de branco, deixava o castanho dos olhos mais intenso.
Nos beijamos e fomos para casa, conversando pelo caminho sobre as nossas rotinas e conflitos de família, como forma de interagir. E as coincidências nos uniam mais. Já em casa, servi um vinho que tinha guardado e conversamos pouco mais, até entrar no meu quarto e sentar na cama, a mesa de sacrifícios que se tornou dela já naquele instante. Um altar para Athena, que precisava de uma cerimônia à altura.
Acendi um incenso de canela, como parte do ritual, e bebemos mais um pouco do vinho. Entramos em uma região do universo onde o tempo se torna relativo. Agi por instinto e levei minha boca ao encontro da dela. Logo estávamos sem roupa, sem quase nada falar. Mas não esqueço os instantes em que via a boca de Athena abrir de prazer nos nossos beijos, lambidas e mordidas, procurando repor o ar que escapava de seus pulmões de fumante - que eu tanto azucrinava.
Athena dançava na minha frente, mexendo os seios de um lado a outro, bem devagar enquanto fingia querer esconder os detalhes do corpo, me hipnotizando por completo. Anthony Hall - Reality tocando ao fundo, o cheiro de canela tomando conta do quarto… Ela surgiu na minha frente, do nada, e chegou me beijando por cima, tirando qualquer possibilidade de defesa.
Os seios, maravilhosamente obedecendo a simetria da matemática grega, repousaram no meu peito, esquentando mais o meu corpo, que começou a reagir. Tentei morder a sua orelha, mas só consegui lamber de leve. Athena já havia descido pra me chupar, e não parou.
Chupando, beijando, lambendo, era como uma tortura divina. Boca quente, molhada e macia. Língua áspera, que dançava com a música ao longo do meu pau.
O que vem logo após isso, só lembro flashes. Lembro de brincar com a minha língua, alternando os bicos dos seios dela. Sentindo aquela textura macia tocar o meu rosto. Lembro de trazê-la para a borda da cama, deitada de frente pra mim, e deslizar meu pau na buceta molhada de Athena e depois meter fundo segurando as suas coxas.
Mas duas coisas me marcaram ainda mais forte naquela foda incrível. Primeiro, meter enquanto estava deitado sobre as costas dela. Sensação deliciosa do pau deslizando sobre a bunda e penetrando a buceta devagar. Assim facilitava pra alcançar a orelha e morder enquanto segurava o cabelo dela.
Mas a melhor e mais forte entre todas as memórias é de quando levantei pra beber mais uma taça do vinho, intercalando as seções da foda. Athena virou o rosto pra mim, deixando a cabeça pender e os cabelos acompanhar o sentido da gravidade, e pediu:
“Deixa eu te chupar?”
Nem precisava falar. Aquela posição era nova pra mim. Athena chupava muito gostoso e dessa forma meu pau ficava ainda mais molhado. Ela lambia a cabeça e me masturbava, enquanto descia e subia a língua.
Fiquei por um bom tempo contemplando a beleza da cena. Até que ela percebeu quando eu estava prestes a ter um orgasmo e me pediu pra gozar em seus peitos. Atendi com todo prazer. Gozei nos peitos de Athena, no mesmo lugar onde ela escrevera meu nome com batom, em um dos registros que lamento muito ter perdido.
Não era um orgasmo qualquer. Eu sentia meu sangue pulsando, carregando as endorfinas pelas minhas artérias até as extremidades do meu corpo. Sentia meus músculos vibrando, enquanto deixava os seios de Athena cobertos de porra.
Na hora exata, lembrei da nossa conversa em que ela me contou a crença de que o orgasmo é uma forma de transferência de energia entre almas - carrego comigo até hoje.
Em transe, ela levou as mãos aos seios e espalhou tudo, dançando os dedos, gemendo, arfando e sorrindo de satisfação. A cena por si só era extasiante demais pra mim. Poderíamos ficar horas presos naquela cena. Mas cometi o erro de pegar uma toalha e enxugar os seios de Athena.
Ela retrucou. Não queria parar o ritual que fazia. Limpei e acabei como um Eremita amaldiçoado.
- Enviado ao Te Contos por @mrwriter9
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